GRANDES NOMES
CANIGGIA
O primeiro cliente da
rubrica é argentino, já se retirou, era uma estrela à escala mundial, tinha o
sangue quente como a maioria dos sul-americanos e jogou no Benfica em 94/95, a
época em que com Artur Jorge tudo se começou a desmoronar. Falo de Claudio Caniggia.
Apelidado de El Pajaro ou
Filho do Vento, pela sua velocidade, tornou-se herói da Argentina em 1990,
quando um grande golo eliminou o Brasil do Mundial. Fazia uma parceria
excelente com Maradona, a qual foi reeditada 6 anos depois no Boca Juniors.
Caniggia jogou no River Plate, Verona, Atalanta e Roma antes de chegar à Luz e
depois foi para o Boca Juniors, voltou a jogar na Atalanta, rumou para a
Escócia para representar o Dundee e o Glasgow Rangers e acabou a carreira em
2004 em terras árabes, no Qatar SC e no Al Arabi.
Chegou ao Benfica com 27
anos, depois de uma época inactivo por consumo de drogas quando jogava na Roma.
Era um jogador de fino recorte técnico, veloz e goleador. Começou bem, com boas
exibições e golos, no campeonato mas também na Liga dos Campeões, onde o
Benfica chegou nessa época aos quartos-de-final, caindo apenas aos pés do
Milão, depois de uma arbitragem no mínimo infeliz em San Siro e de muito azar
no jogo da Luz (inesquecível o remate de Isaías que bateu nos 2 postes e voltou
para as mãos de Rossi).
No entanto, com o virar da
primeira para a segunda volta, o seu fulgor desapareceu. Perdeu o lugar para
Edilson, passou a ser utilizado a espaços até desaparecer por completo das
opções do treinador. No fim da época saiu (nunca percebi bem qual a sua
situação contratual no Benfica; penso que esteve emprestado pela Parmalat, ao
abrigo do acordo que tínhamos com essa empresa). Ainda assim, fez 23 jogos e 8
golos no campeonato, 3 jogos e 5 golos na taça e 7 jogos e 3 golos na Liga dos
Campeões. No total, 33 jogos e 16 golos ao serviço do Benfica.
Ficou famoso o beijo que deu
na boca a Maradona em 96 ao serviço do Boca Juniors na celebração de um golo,
beijo que foi por eles justificado como prova de que a sua amizade não tinha
quaisquer complexos.
Foi um dos maiores talentos
que já passou pelos relvados nacionais. Deixou-nos com a sensação de que
poderia ter dado muito mais, não fosse a fase conturbada em que por cá passou.
Ainda assim, ficou o perfume do seu futebol e a certeza de que pelo Benfica
passou talvez o jogador que melhor combinou com Maradona ao longo de toda a
carreira deste.
Um jogador cujo nome faz a
Argentina suspirar. Uma estrela mundial que passou pelo Benfica em 94/95.
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