Taça de Portugal: 1.º Dezembro-Benfica,
1-2
Luisão «cabeceia» Benfica
para a próxima fase da Taça de Portugal
O capitão resolve. O mais
velho em campo, o mais experiente, um dos mais altos e aquele que nos momentos
de aflição tantas vezes sabe resolver. Esta noite, no Estoril, já nos descontos
e nos minutos finais do encontro com o 1.º Dezembro aproveitou aquele que seria
o último canto da partida, saltou mais alto e de cabeça fez o 1-2 a favor do
Benfica.
MOMENTO: 90+6 minutos
O árbitro Hélder Malheiro
exagerou nos descontos da segunda metade, decidiu dar mais seis minutos para
jogar e causou alguma surpresa na bancada. O que foi acontecendo dentro de
campo, não pedia tanto tempo. Mas jogou-se até ao minuto 90+6 e o Benfica
marcou. Golo de Luisão que colocou o Benfica na próxima fase da Taça de
Portugal e que impediu o 1.º Dezembro de ainda sonhar com o prolongamento
frente ao tricampeão.
O JOGO, AO MINUTO
Outros destaques:
Eliseu: e ao 10º jogo
oficial do Benfica, esta temporada, o lateral esquerdo foi aposta de Rui
Vitória. Substituiu Grimaldo e foi dos melhores da equipa encarnada numa
exibição fraca frente à equipa do Campeonato de Portugal. Foi subindo no
terreno para colocar na área e também ganhando algumas faltas. Ganhou a do
livre que deu o golo de Danilo, aos 50 minutos.
Danilo: exibição pouco
conseguida sobretudo na primeira parte, mas na segunda só precisou de cinco
minutos para inverter aquilo que se poderia escrever esta noite sobre a sua
estreia pelo Benfica. Marcou aos 50 minutos, depois de receber de Lisandro
Lopez, entrar na área e tirar a defesa do 1.º Dezembro do caminho.
Carrillo: já vai alternando
exibições, mas esta noite somou mais uma das que tem em maioria: uma exibição
fraca. Mais lento do que aquilo que se lhe conhece, às vezes à margem do jogo,
perdeu bolas e oportunidades de golo. Com destaque para o minuto 43 em que
bateu mal a bola e fez o remate mais desastroso da noite. Saiu, sem surpresas,
ao intervalo para dar lugar a Gonçalo Guedes.
Nélson Semedo: exibição
fraca do Benfica, com uma ou outra peça a destacar-se e com o lateral direito a
ser, sem dúvida, o melhor da equipa encarnada. Não começou bem, tendo até
perdido a bola no lance mais perigoso do 1.º Dezembro na primeira parte, aos
nove minutos, mas depois cresceu e com isso levou também o Benfica a ser
melhor. Controlou as investidas dos da «casa» pela direita, recuperou bolas e
levou-as várias vezes para a área à procura de assistir.
João Manuel: nos primeiros
20 minutos de jogo quase nem se deu por ele, não teve muito trabalho e até ao
golo do Benfica, aos 50 minutos, verdade seja dita que também não teve de
mostrar os dotes. Na segunda parte foi diferente e nos últimos 10 minutos da
partida (sem contar com os descontos) foi ele quem prolongou o empate com as
defesas extraordinárias com que negou os golos a Gonçalo Guedes e Lisandro
Lopez.
Leo: boa exibição do central
brasileiro. 1 metro e 85 centímetros por onde foi muito difícil o Benfica
passar. Aliás, não passou. Sobretudo na primeira parte: o Benfica teve mais
bola, foi tentando chegar à área mas Leo estava lá e foi resolvendo
praticamente todas as investidas encarnadas. À entrada da área, dentro e na
pequena também. Com a cabeça, de carinho… com precisão e eficácia.
Martim Águas: respira
Benfica por causa do pai Rui Águas e do avô José e porque também ele já vestiu
a camisola do Benfica, mas fez uma exibição bastante conseguida contra o clube
da Luz. E marcou o golo do empate, aos 62 minutos, na marca de grande
penalidade fazendo o 1.º Dezembro respirar com maior tranquilidade e até sonhar
com a possibilidade de tombar o Benfica.
O Benfica está nos 16avos de
final da Taça de Portugal, mas sofreu e só garantiu essa fase da prova já no
último minuto de jogo evitando assim o prolongamento. Um minuto oferecido pelo
árbitro Hélder Malheiro, que deu mais seis para jogar na segunda parte quando o
que se passou não pedia tanto.
O 1.º Dezembro, do
Campeonato de Portugal, foi um adversário à altura e capaz de fazer frente a um
Benfica de segunda linha que Rui Vitória escolheu para a terceira eliminatória
da prova rainha do futebol português.
Muitas mudanças do técnico
encarnado com destaque para a estreia de Eliseu esta época, para a primeira vez
de Danilo com a camisola do Benfica e para as titularidades de Zivkovic e José
Gomes.
Por sua vez, Hugo Martins
escolheu um onze mais comum e super-motivado para encarar o tricampeão nacional
no Estoril, no Estádio António Coimbra da Mota alugado para esta ocasião e que
vibrou do início ao fim do encontro.
OS DESTAQUES DO 1.º
DEZEMBRO-BENFICA
Já dentro de campo, as
vibrações era muito mais baixas. Ainda assim, com a surpresa do 1.º Dezembro,
ainda que com menos bola, ir chegando por diversas vezes à área do Benfica. Por
isso, foi também logo aos nove minutos que Gonçalo Maria deixou o primeiro
aviso e fez o primeiro remate do jogo. Saiu ao lado.
O Benfica não entrou bem,
mas foi melhorando só que as investidas esbarravam na defesa contrária e
sobretudo no central Leonardo que resolveu a maior parte dos lances. Uma ou
outra oportunidade na primeira metade com destaque para um cabeceamento de José
Gomes, que saiu ao lado, e para o remate mais disparatado do jogo por Carrillo
aos 43.
0-0 no marcador ao intervalo
e só mais 45 minutos para jogar. O jogo não estava fácil para o Benfica, Rui
Vitória não gostava do que via e por isso deixou logo Carrillo no balneário.
Fez entrar Gonçalo Guedes, mudou a estratégia e com isso o Benfica
superiorizou-se em mais partes do terreno.
Assim, ao fim de cinco
minutos, finalmente o golo, mas na sequência de uma bola parada. Eliseu no
chão, livre na esquerda e defesa incompleta de João Manuel. O esférico chegou
facilmente a Lisandro Lopez que conseguiu depois desmarcar Danilo. O médio
recebeu sem oposição, mas na área levou a defesa contrária pela frente e atirou
certeiro para o 0-1 na estreia.
Ânimo no Benfica, mas nenhum
desânimo no 1.º Dezembro que procurou incansavelmente o empate. A equipa de
Hugo Martins ia criando oportunidades e, aos 62 minutos, num atraso de Celis
para Ederson, o guarda-redes travou Abdoulaye em falta.
Penálti a favor da equipa da
«casa» e Martim Águas, o jogador do 1.º Dezembro certamente com mais Benfica no
sangue, não desperdiçou: 1-1 e meia hora para jogar.
O JOGO, AO MINUTO
Oportunidades de parte a
parte com a bola a poder entrar em qualquer uma das balizas. João Manuel sabia
disso e ganhou fôlego para o que faltava. Duas belas defesas seguidas nos
remates de Gonçalo Guedes e Lisandro Lopez, aos 84 minutos, a fazer prolongar o
empate.
Rui Vitória, em jeito de
aflito e à procura de evitar uma desgraça, fez então entrar Mitroglou, mas o
grego não conseguiu resolver em cinco minutos.
Por isso, já cheirava a prolongamento, mas o árbitro deu seis minutos.
O Benfica, mais habituado à
pressão, insistia mais e numa sequência de oportunidades, ganhou um canto. Bola
na área e Luisão saltou mais alto do que a defesa do 1.º Dezembro, metendo a
bola dentro da baliza. 1-2 para a formação encarnada e o 1.º Dezembro a acordar
do sonho quando parecia que ainda podia sonhar mais meia-hora.
Ainda assim, não se pode
chamar de pesadelo. O 1.º Dezembro lutou, fez o Benfica sofrer e merecia de
facto o prolongamento. Não o teve, mas caiu de pé e pode orgulhar-se do jogo
que fez, sem medos, frente a uma equipa com mais recursos e muito superior.
Benfica oferece receita ao 1.º Dezembro
Poucos minutos antes do
início do jogo, o speaker do estádio anunciou que José Francisco Gomes,
presidente do 1º Dezembro, ia falar. O dirigente pegou no microfone e anunciou.
"Fui informado, há
poucos minutos, pelo vice-presidente Rui Cunha que o Benfica nos ofereceu a sua
parte da receita do jogo", gesto que mereceu aplausos vindos da bancada
central , onde estavam em maioria os adeptos do emblema de Sintra. Assim, dois
terços da receita de bilheteira (é a dividir pelos dois clubes e pela Federação)
foram para o 1º Dezembro. Registe-se que estiveram na Amoreira 5.439
espectadores.
Refira-se que Luís Filipe
Vieira, por questões de agenda, não esteve presente.
“QUEREMOS MUITO CONQUISTAR
ESTA TAÇA CONTINENTAL”
2.ª mão da Taça Continental
O OC Barcelos venceu, no
sábado, o SL Benfica por 5-4, no Pavilhão Municipal de Barcelos, no jogo da
primeira mão da Taça Continental de Hóquei em Patins 2016. Uma semana depois, o
objetivo da formação liderada por Pedro Nunes é só um: conquistar o troféu na
Luz.
“Houve muito tempo para
pensarmos na Taça Continental. O Barcelos é um adversário que está
identificado, sabemos da importância do jogo, sabemos essencialmente que é uma
competição que queremos ganhar e sabemos o que temos de fazer para a ganhar.
Agora há que comprovar isso nos próximos 50 minutos no sábado, no nosso
Pavilhão, frente aos nossos adeptos”, começou por dizer o técnico Pedro Nunes
em declarações à BTV.
O jogo da primeira mão
acabou com apenas um golo de diferença entre as equipas, ficando tudo em aberto
para a segunda mão da decisão da Taça Continental.
“Acho que vai ser um bom
jogo de Hóquei em Patins. Pensar que partimos para este jogo apenas e só com o
golo de desvantagem, pode não ser uma boa linha de pensamento. Temos que pensar
em ganhar o jogo e depois sim pensar mais à frente e, com o decorrer do jogo,
em ganhar a Taça Continental”, afirmou.
O jogo está marcado para o
dia 15 de outubro, às 17h00, no Pavilhão Fidelidade. “É sempre importante jogar
em nossa casa frente aos nossos adeptos, dá-nos outro conforto, outra
estabilidade emocional e outra vontade também. Espero que no final possamos
retribuir este apoio, que espero que seja forte do princípio ao fim porque nós
queremos muito conquistar esta Taça Continental”, concluiu.