GRANDES NOMES
MAGNUSSON
MUITAS SAUDADES DESTE CAMPEÃO
Mats Ture Magnusson.
Helsingborg, Suécia. 10 de Julho de 1963. Avançado.
Épocas no Benfica: 5
(87/92). Jogos: 164. Golos: 87. Títulos: 2 (Campeonato Nacional) e 1
(Supertaça).
Outros clubes: Malmoe e
Helsingborg. Internacionalizações: Suécia.
Por mais que o arquétipo
nórdico, alto e louro, sugira tosco em futebolês, numa teimosia latina, Mats
Magnusson, nos cinco anos em que defendeu o reino da águia, provou que os
recursos técnicos não têm fronteiras. É provável que um dos seus antecessores,
o dinamarquês Manniche, tenha criado essa imagem, por oposição, na época, à
subtileza de Nené ou à elegância de Filipovic. Companheiro de muitas fainas,
Shéu sentencia que Magnusson “tinha até um toque alatinado”.
O internacional sueco chegou
à capital na época de 87/88, por fiança de Ebbe Skovdahl, treinador que não
aqueceu o lugar, réplica infeliz de Eriksson foi. Ao debutar no troféu Teresa
Herrera, na Corunha, onde se exibiu em plano de evidência. Magnusson passou a
ser utilizado de forma frequente ao lado de Rui Águas, no comando de ataque.
Essa época ficou marcada pela presença na final da Taça do Campeões. O nórdico
jogou a titular, lutou abnegadamente com Ronald Koeman e Nielsen, centrais do PSV,
mas o pontapé do suicídio involuntário de Veloso roubou-lhe a máxima
consagração.
Dois anos depois, nova
corrida aos Campeões. Costacurta e Baresi tiveram de se aplicar a fundo. Só que
a desventura, uma vez mais, aconteceu. Nessa temporada, Magnusson foi o melhor
marcador do Campeonato Nacional, com um registo de 33 golos em 32 jogos. Havia
caído no goto dos adeptos, que apreciavam a sua relação amor/ódio com a baliza.
Tinha cultura competitiva. Critério de jogo. Raça e harmonia. Contemporâneo de
Rui Águas, Diamantino, Chiquinho, César Brito, Vata, Lima, Izaías e Yuran,
jamais se intimidou. Soube cativar o seu posto no eixo de ataque.
Conquistou dois Campeonatos
Nacionais e uma Supertaça, numa época em que o Benfica dava indícios de quebra
a nível doméstico, mas de regresso, por paradoxal que parecesse, aos grandes
palcos do mais velho dos continentes. A 17 de Maio de 1992, perante o olhar
atento do compatriota Eriksson, na Luz, frente ao Salgueiros, vestiu
conclusivamente a camisola do Benfica.
De então para cá, ainda que
radicado na Suécia, acumulam-se as visitas ao ninho da águia. Porque, afinal,
amor há que sempre dure. É assim com Magnusson, membro honorário da associação
de goleadores do Benfica.
UMA VEZ BENFICA, SEMPRE BENFICA
MATS MAGNUSSON 1987/92
VIBRANDO PARA SEMPRE COM O BENFICA
JOGO DE SOLIDARIEDADE
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