GRANDES NOMES
PÉRIDIS
O seu nome é Pérides ou
Péridis? De facto, deve ler-se Péridis uma vez que é um nome grego, do apelido
do pai, um cidadão helénico radicado em Moçambique.
Da união com uma moçambicana
nasceu José Péridis, que desde muito cedo começou a demonstrar enormes aptidões
para a prática do futebol.
Embora mais novo e menos
adiantado nos estudos, foi colega de Costa Pereira no Colégio " Instituto
Portugal".
Em 1953, mudou-se para a
então Lourenço Marques ( hoje Maputo ) e ingressou no Desportivo local. Nesse
mesmo ano e sem nunca ter jogado pelo clube, foi convencido por um antigo
estudante de Coimbra, o Dr. Paulino, a ingressar na Académica para prosseguir
os estudos e jogar futebol.
Actuando como centro
campista ( médio de ataque ou interior direito ), brevemente começou a ter
oportunidades de poder aparecer na equipa principal. Nessa mesma época, a
Académica treinada pelo "Mestre" Cândido de Oliveira esteve em riscos
de descer à 2ª Divisão. A "Briosa" viu-se obrigada a disputar dois
jogos com o Vitória de Guimarães ( então no escalão secundário ) para assegurar
a continuidade na prova máxima do futebol português. Em Guimarães, registou-se
um empate a uma bola ( Pérides marcou o golo dos estudantes ) e depois, em
Coimbra, vitória caseira por 1 - 0.
No Verão de 1956
transferiu-se para o Sporting com um contrato de 200 contos por três épocas e
ordenado mensal de 2500$00.
Dele dizia-se que se
quisesse podia ser um futebolista excepcional, ou então, como afirmava o
arquitecto Anselmo Fernandez ( dirigente e treinador dos "leões" na
época em que o Sporting venceu a Taça dos Vencedores das Taças) que ao Pérides
faltava-lhe um "quase nada" para ser um autêntico "craque".
Em 1957, alcançou a sua
primeira internacionalização num Portugal "B" - França "B".
Devido à sua irregularidade
exibicional, o Sporting cedeu-o durante uma época ( 1960 / 61 ) à filial da
Covilhã. Após uma temporada brilhante no clube "serrano" ( quase sempre
a interior direito ), regressa ao Sporting na época seguinte, para trabalhar
sob as ordens de Otto Glória.
Está intimamente ligado à
maior conquista do Sporting a nível internacional, a Taça dos Vencedores das
Taças de 1963 / 64, visto que disputou o jogo da "finalíssima" contra
o MTK de Budapeste ( 1 - 0, com o famoso canto de Morais ). Na final, tinha-se
registado um empate a 3 golos.
Actuou pela Selecção
"A" em duas ocasiões ( enfrentando o Luxemburgo e a Inglaterra ), em
jogos de qualificação para o Campeonato do Mundo de 1962 ( Chile ). Foi também
internacional militar.
Findo o contrato que o
ligava ao Sporting, ingressou no Benfica na época de 1964 / 65, naquela que,
aliás, seria a única. Os benfiquistas alcançaram a final da Taça dos Campeões Europeus
( derrota com o Inter por 0 - 1, em Milão ) e Pérides disputou os jogos
referentes aos quartos-de-final contra o Real Madrid ( 5- 1 e 1 - 2 ) e às
meias-finais contra o Vasas Gyor ( 1 - 0 e 4 - 0). Para o jogo da final contra
o Inter, em San Siro, foi preterido em favor de Neto, tendo em conta os dotes
de marcação deste ( recorde-se que o "cérebro" do conjunto milanês
era o espanhol Luisito Suarez e que em representação do Barcelona já tinha
defrontado o Benfica em 1961 na final da T.C.E. em Berna ).
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