sexta-feira, 24 de agosto de 2018






BENFICA FECHA CONTRATAÇÃO DE GABRIEL





O Benfica assegurou a contratação do médio brasileiro Gabriel junto do Leganés, segundo apurou o jornal A BOLA.

Gabriel vai assinar por cinco temporadas, terá uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros e o Benfica irá indemnizar o Leganés em oito milhões de euros, que vão ser pagos em três prestações até 2020.

O jogador, de 24 anos, irá chegar ainda antes do dérbi, de sábado, frente ao Sporting, no Estádio da Luz.

A contratação de Gabriel, que é um médio que joga a oito e a seis, era um pedido expresso do treinador Rui Vitória.












FAZIA HOJE 41 ANOS

ROBERT ENKE


PARTISTE CEDO CAMPEÃO, NÃO SE COMPREENDE A TUA ATITUDE.


O guarda redes merece uma abordagem mais contextualizada que os "posts" de circunstância e para isso é preciso deixar acalmar as emoções para que se publique algo mais objectivo.

Digo já que Enke foi o 3º melhor guarda redes que vi jogar no Benfica. Melhor do que ele só o Bento, e Preud'Homme. Curiosamente, destes 3 apenas o belga ainda está entre nós.
Robert Enke sofreu do mesmo mal de Preud'Homme, chegou ao Benfica no tempo errado. O belga devia ter chegado uns 10 anos antes, e o alemão devia estar a chegar agora. O Benfica de 1999 era um pesadelo difícil de viver. Visto com uma década de distância até dá para rir ao lembrar os jogadores que passaram pela Luz, e alguns resultados que ficam a manchar a nossa gloriosa história. O mérito destes excelentes guarda redes foi não ter deixado o panorama piorar ainda mais.



Quem me conhece sabe que adoro o futebol alemão. Desde 1988 que apoio sempre a Alemanha nas fases finais das grandes competições, torço pelo Hamburgo, e acompanho de perto a Bundesliga.
Depois da recusa histórica de Artur Jorge à contratação de Klinsmann, em 1999 eu via, finalmente, um alemão a vestir o manto sagrado.
Depois da época louca de Souness, que acabou com Shéu no banco, Vale e Azevedo resolveu apostar tudo em Jupp Heynckes que exibia no seu currículo uma Liga dos Campeões pelo Real Madrid. Mais uma vez a esperança renascia e entre os reforços chegava Enke.



Lembro-me perfeitamente da apresentação da equipa no antigo estádio da Luz. Foi um jogo entre o Benfica e o... Benfica. Estádio com milhares de adeptos para ver um jogo treino entre duas equipas do Benfica com o plantel dividido ao meio. Logo nessa noite consegui irritar-me com meia bancada à minha volta. Como era possível haver dúvidas quanto à baliza?! Para mim só podia ser Robert Enke. Tinha estilo, tinha envergadura atlética, e era alemão! Como poderiam os meus companheiros de bancada olharem para um argentino alto, desajeitado, com pinta de padeiro, que jogava de calças de fato de treino e se chamava Bossio?!



Naquela noite elegi logo o nosso número 1 e não estava enganado.
Apesar de Heynckes ter dito que Enke ainda era muito novo e que Bossio tinha todas as condições para ser titular ao fim de uns jogos de preparação viu-se logo a diferença enorme entre os dois e assim foi com naturalidade que Enke defendeu a nossa baliza no 1º jogo do campeonato em Vila do Conde. Empate 1-1.
O problema de Enke nessa temporada é que a equipa que defendia era completamente desiquilibrada.
Relembremos quem jogava à frente do alemão. Andrade, Paulo Madeira, Ronaldo e Sérgio Nunes. Tahar entrou ao intervalo.



No meio Calado, o genial Poborsky, Kandaurov, e ... Luís Carlos! Ainda entrou Chano.
Na frente João Pinto, o capitão, e Nuno Gomes que foi substituído por... Porfirio!
Além destes craques o nosso plantel contou ainda ao longo da época com: Pepa, Jorge Ribeiro, José Soares, Marco Freitas, Mawete, Cadete, João Tomás, Tote, Okunowo, Uribe, Sabry, Machairidis, Rojas, Bruno Basto, Maniche...
Enke foi mesmo o melhor , e único, reforço digno desse nome. Memorável actuação na Grécia frente ao PAOK com vitória por 0-2, e igual exibição na Luz onde o Benfica foi obrigado a ir a penaltis e aí Enke brilhou defendendo dois.
Mais valia não ter defendido nenhum já que a seguir veio o Celta.
Na primeira eliminatória da UEFA outro jogo ficou na memória com o Benfica vencer na Roménia o D.Bucareste por 0-2 depois de ter perdido por 1 na Luz.
D. Bucareste-0 Benfica-2 de 1999
Enviado por MemoriaGloriosa. - Futebol, capoeira, surfe e mais videos de esportes.
Na Taça de Portugal só fizemos 3 jogos. Com o Torres Novas jogou Nuno Santos, com o Amora na Luz jogou Bossio, célebre jogo à noite a 12 de Janeiro de 2000 com umas mil pessoas nas bancadas a apanhar chuva e frio e o Benfica venceu por 7-0 com dois irmãos a alinharem de início. Mas estes muito longe do brio e carácter dos grandes Bastos Lopes. Fui ver este jogo. Enke foi titular nos 1/8 de final porque o adversário era o Sporting. Perdemos 1-3 com Acosta a fazer dois golos. O nosso golo foi apontado por Uribe!
No campeonato o jogo memorável aconteceu em Alvalade (obviamente). Enke defendeu tudo o que havia para defender. Recorde-se que este era o tal jogo que os nossos rivais apelidaram de jogo dos cabeçudos já que se preparavam para serem , finalmente, campeões à nossa conta.
Enke não gostou da imagem de cabeçudo e recusou-lhes o golo. Sabry, entrou e devolveu-lhes o rótulo que perdurará no tempo. Cabeçudos! Muito à conta de Enke!


Nessa época Enke não foi sempre titular da baliza. Entre lesões e opções técnicas foi alternando com Bossio. Após um jogo como Farense na Luz em que os algarvios chegaram ao 0-2 mas que acabou com uma goleada de 6-2, Enke saiu da equipa.

Bossio foi levar 3 à Amadora, empatámos no Bessa 1-1, ganhámos ao Alverca 3-2, perdemos pelo mesmo resultado em Braga, mas uma vitória sobre o Porto em casa, e outra em Campo Maior por 2-4 mantiveram o argentino na baliza. Até que o Belenenses foi vencer à Luz por 2-3 ( mais 3 sofridos por Bossio) no jogo em que Fernando Mendes marcou e insultou o nosso clube. A partir daí Enke voltou ao seu lugar.
Acabámos em 3º lugar com 7 derrotas!


BIOGRAFIA


HOMENAGEM 


AS 10 MELHORES DEFESAS


A NOTICIA DO SUICÍDIO


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

FAZIA HOJE 99 ANOS

FRANCISCO FERREIRA


PARABÉNS CAMPEÃO


Francisco Ferreira 
(23/08/1919 - 14/02/1986)



"Orgulhem-se os benfiquistas: tiveram em Francisco Ferreira o mais perfeito capitão da equipa de futebol da vossa história.
Médio esquerdo, bem dotado fisicamente, o meio campo era todo dele e o seu exemplo de lutador inteligente galvanizava a equipa e conquistava a simpatia das bancadas.

Francisco Ferreira começou no FC Porto nos infantis. Com 17 anos, fez parte da equipa sénior, na final do Campeonato de Portugal (1936/37), vencendo o Sporting por 3-2. Era o seu primeiro título de Campeão Nacional. Em 37/38 o Porto ficou em 2º lugar, Francisco Ferreira fez 10 jogos e fez-se logo notar pela sua valentia, numa entrega total em todos os jogos.



Duma personalidade forte que o havia de acompanhar durante a vida toda, um verdadeiro líder, pediu aumento de vencimento aos Dirigentes do Porto. «Que não aturavam malandros», etc., etc. e adeus FC Porto.
Não voltou com a palavra atrás quando o dirigente portista, Sebastião Ferreira Mendes, já lhe dava «mundos e fundos» e emprego garantido.



Em 1938/39 estava no Benfica, em 1940, a 28 de Janeiro, fez o seu primeiro jogo na Selecção Nacional, em 43, aos 24 anos, era capitão da equipa das «Águias» e, em 1947, o capitão da Selecção Nacional.

Combativo, mas leal, conquistou a admiração dos benfiquistas e dos seus adversários.



Em Janeiro de 1950, FC Porto-Benfica no velhinho e pelado Campo da Constituição, os lisboetas venceram por 1-0, golo de Julinho e houve sururu. Um jogador do Benfica (Jacinto?) entrou duro sobre um portista. O costume: discussões, recriminações mútuas, etc., etc.



O grande capitão Francisco Ferreira abeira-se do colega faltoso, põe-lhe as mãos nos ombros, abana-o levemente, numa atitude de quem parece dizer "isto não se faz".

Atitudes como esta, digam-me lá se as vêem hoje nos relvados de Portugal. (Em contraste com a atitude nobre de Francisco Ferreira, reatado o jogo, Barrigana um excelente guarda-redes no Porto e na Selecção, teve uma atitude reprovável. Já com a bola encaixada para a repor em jogo, resolve primeiramente pontapear as «almofadas» do Jacinto, defesa direito do Benfica; Grande penalidade e Barrigana expulso).
  


A 3 de Maio de 1949 o Benfica homenageara Francisco Ferreira. De Itália veio o campeão Torino, o maior fornecedor de jogadores à selecção transalpina.
O Benfica venceu o campeão de Itália por 4-3. O Presidente do Torino, que se tinha deslumbrado pela actuação de Francisco Ferreira no Itália 4, Portugal 1, em Génova, em 27 de Fevereiro desse ano, convidou-o a ingressar no Torino.
Os deuses do Futebol não permitiram que o grande Francisco Ferreira abandonasse o grande Benfica.



No regresso de Itália, o avião (devido ao Nevoeiro?) caiu sobre a basílica de Superga morrendo toda a comitiva, atletas e dirigentes.
Profundamente abatido, Francisco Ferreira, entregou às famílias dos jogadores mortos os 50 contos que o Torino lhe oferecera.



Terminou a carreira no final do campeonato 51/52, com o Benfica em 2º lugar, mas vencedor da Taça de Portugal 5-4 ao Sporting num dos jogos mais emocionantes que disputou. Recebeu do Presidente da República Craveiro Lopes, a Taça de Portugal.



Em Janeiro de 1945, outro Presidente, Óscar Carmona, quis felicitá-lo pessoalmente por mais uma grande exibição no Portugal-Espanha.

Francisco Ferreira: «o verdadeiro capitão na verdadeira acepção da palavra».






quarta-feira, 22 de agosto de 2018

HOJE FAZ 70 ANOS 

NELINHO

Jogou ao lado dos históricos do Benfica, chorou ao mudar-se para Braga, mas não voltou atrás. Na Liga Europa, tem o coração dividido.

 

Nelinho jogou com Eusébio, Nené, Jordão, Shéu ou Chalana, mas nunca foi tão conhecido como os companheiros. Lutou muito para se impor no Benfica, onde venceu três campeonatos, e depois mudou-se para o Sporting de Braga em 1977/78.

Aos 62 anos, Joaquim Manuel Rodrigues Silva Marques tem um cabeleireiro e uma padaria no Bairro da Boavista, onde nasceu. O i foi à sua procura e conseguiu falar com ele, apesar dos azares recentes na sua vida. Depois de ver o filho assassinado e de ter assistido a um longo julgamento, soube há dez dias que o assassino, condenado a 12 anos, vai voltar a tribunal para alegar que o filho de Nelinho faleceu por negligência médica. Assim que ouviu a notícia, teve um AVC. A recuperar – ainda não pode ler nem ir ao futebol -, Nelinho puxou da memória e falou do passado de futebolista e do histórico embate entre Benfica e Sp. Braga na meia-final da Liga Europa.


No futebol, começou desde cedo a dar nas vistas?

Bem, eu comecei no Palmense e fui à meia-final do campeonato contra o Benfica. Houve várias pessoas que me começaram a acompanhar logo nos juniores. Depois fui jogar um ano para o Tramagal, da II Divisão Norte. Tinha muita velocidade, por isso parecia que eles andavam de bicicleta e eu de mota. Todos os domingos vinham dirigentes falar comigo e eu pensava ”será normal?”. Não havia empresários e eu estava preso ao Palmense.

Mas antes da Luz passou pelo Beira-Mar…

Famalicão, Tirsense, Boavista, Beira-Mar, todos falaram comigo. Mas o guarda-redes José Pereira convenceu-me a ir para Aveiro, com o António Medeiros [treinador]. Fui emprestado uma época e era sempre titular. Depois fui mobilizado para a tropa mas consegui ficar em Aveiro. No ano seguinte fomos campeões e subimos à I Divisão. Eu queria ficar no clube mas o Ilídio Fulgêncio, que era director do futebol juvenil do Palmense, disse-me “tenho duas hipóteses melhores para ti”. É aí que faço dois treinos à experiência no Benfica, aqui no Casa Pia, ao pé de casa. Aquilo eram só monstros do futebol! O Jimmy Hagan diz-me isto: “senhor magrinho, mas bom jogador. Tenho de vê-lo mais vezes”. “Mas eu tenho de ir de férias”, respondi. 

Então apareceram a Académica e o Guimarães mas eu queria ficar no Beira-Mar e o Benfica resolveu comprar o meu passe ao Palmense. Faço um treino e o Hagan diz “vamos ver”. Não assinaram e eu volto ao Beira-Mar, mas como a carta era do Benfica, arranjaram-me o Belenenses. Fiz um treino com o Mário Wilson que me perguntou se eu não podia lá voltar. “Você já tem o plantel cheio, eu gostava de jogar no Beira-Mar, mas o Benfica mandou-me cá vir”. “Ok, havemos de nos encontrar outra vez”, disse-me ele. 

Acabei por ir para o Beira-Mar. Quando defrontamos a Académica, vejo que o treinador era o Mário Wilson. Ganhámos 1-0 com um golo meu. Marquei golos em Alvalade e ao Guimarães e os dirigentes vieram falar comigo. O Porto também. Todos me queriam. Na segunda volta marco outra vez à Académica e o Mário Wilson vem ter comigo e diz: “Enganaste-me bem. Às vezes um gajo anda a dormir, mas também só te vi num treino, não tive tempo”.



E o Nelinho vai parar àquela equipa do Benfica, que tinha Eusébio, Chalana, Jordão, Shéu, Humberto Coelho, entre outros…

Sim. Até lhes disse que podiam ter ficado comigo à borla, mas depois tiveram de pagar 1500 contos, o que na altura era um dinheirão.

Como é que foi deixar o Beira-Mar e apanhar um balneário de craques?

Vim para o clube dos famosos. Estive lá cinco anos, mas em dois andei a apanhar bonés. Não é como agora, que joga qualquer um. Tínhamos de ir subindo e mostrar alma à Benfica. Quem não a tivesse era posto de parte e quem não fosse convocado não podia amuar. Eu e o Bento éramos a frente do pelotão nos treinos. Eu trabalhava muito para ter oportunidades.

 

Apesar das dificuldades, conseguiu finalmente impor-se com Mortimore?

Sim, ele tirou o Chalana da direita, meteu-me a ponta-de-lança. Éramos uma equipa muito veloz no contra-ataque. Em 1976/77 não fiz os seis primeiros jogos e no início dessa época não ganhávamos a ninguém. Então comecei a jogar e marquei num 3-1 ao Boavista, depois faço dois golos num jogo particular e o Mortimore diz-me “senhor, se jogar assim, é o senhor e mais dez”. Foi meio caminho andado. Já não perdemos mais, estávamos a seis pontos do primeiro lugar e fomos campeões com nove de avanço.

Com a titularidade no Benfica, chega também à selecção A.

Tive a sorte de chegar à selecção. Agora os seleccionadores procuram equipas pequenas como o Cazaquistão ou algo do género para ganharem, e rodam os jogadores todos. Se fosse no nosso tempo, ganhávamos 20-0. Fiz centenas de treinos de conjunto no Jamor que podiam ser jogos particulares. Por isso, só tenho quatro internacionalizações. Era sempre suplente, nunca entrava.




A ligação ao Benfica durou cinco anos?

Sim, mas fui emprestado um ano para Espanha, para o Orense. Depois veio o Romeu Martins, um dirigente que só pode ter vindo para rebentar com aquilo. Vendeu o Jordão por uma porcaria de dinheiro, deixou sair o Artur e o Eurico e o Benfica esteve três anos sem ser campeão. Eu ganhava 22 contos e 500 (112 euros), o mesmo que me pagavam quando cheguei. Queriam que assinasse por mais três anos, a ganhar o mesmo. O Braga dava-me 500 contos para assinar e 90 contos de ordenado, o Sporting ofereceu-me 85 e o Benfica chegou aos 45. Para me segurarem, disseram que faziam uma festa de homenagem. Qual festa? Eu não quero nada, só quero jogar. Tinha 29 anos.

Pois, e então vai parar a Braga…

Eu era o ”expresso da Luz”, era sempre a jogar para a frente. Adorava o Benfica. Quando peguei nas minhas coisinhas passei pela 2ª Circular e parei na Luz. Fartei-me de chorar, tive vontade de voltar atrás, mas era profissional. Fui para Braga, estive lá três anos e conheci gente impecável que está no meu coração.

Que grandes diferenças encontrou?

Senti algumas dificuldades, porque no Benfica jogava sempre para ganhar e no Braga havia colegas meus que não estavam preparados para isso. Mesmo assim fizemos dois quartos lugares e um quinto, só perdíamos contra Benfica, Sporting e Porto. Foi nessas épocas que o Braga começou a investir, com outra maneira de pensar o futebol.

Então e na quinta-feira, vai torcer pelo Benfica?

Sou muito amigo do Jorge Jesus e do Luís Filipe Vieira, mas se for à Luz fico doente. Há jogadores que nem de borla deviam jogar. O Cardozo, na minha altura, nem nas reservas tinha lugar. Pode ter um bom remate, mas… foi pena termos perdido o Falcao. No Porto lutam muito e o Jesus vai começar a pagar pelos jogadores que não correm.

Jogava-se mais com amor à camisola?

Sempre joguei com amor à camisola. Adoro o Benfica, o Braga e o Beira-Mar! Se houver três ou quatro jogadores com garra, puxam pelos outros. No Braga tínhamos garra mas não conseguíamos segurar a bola, por isso nunca fomos campeões. Fui 19 vezes campeão de futebol de salão, por isso adora o estilo do Barcelona, jogam à minha maneira. Toque rápido e curto uns para os outros sem perder a bola. Só monstros como Mourinho e Ronaldo conseguem rebentar com eles.

ENTREVISTA A NELINHO


Estamos a fugir à questão. Quem acha que vai ganhar na Liga Europa?

São duas equipas de que gosto muito, comprei uma casa e uma loja em Braga, adoro aquela cidade e as pessoas. Mas nasci aqui, tenho aqui os meus amigos e em Braga já não conheço quase ninguém. Além disso, o Vieira e o Jesus são do meu tempo, jogaram futebol de salão comigo. Estou dividido, mas tenho de estar pelo nosso Benfica. Acho que ganha 2-1 e conquista a Taça. O Braga é uma equipa muito veloz, tem um bom guarda-redes e lutam muito. Se o Benfica estiver num dia bom, ganha, mas eles podem surpreender no contra-ataque.

Mas se o Braga vencer, também vai ficar feliz?

Sou amigo do pai do António Salvador, conheço o presidente desde miúdo. Não sou doente, gosto de ver futebol e se o Braga merecer, não há nada a fazer. Dou-lhes os parabéns. São os meus dois amores, espero que seja um bom jogo e vença o melhor.

Nunca quis enveredar pela carreira de treinador?

Tirei o curso e treinei o Real Massamá e em Portalegre. Mas já fui duas ou três vezes para o hospital, sou levado pela paixão, vivo muito o futebol. Por isso os médicos aconselharam-me a não treinar e tive de me afastar um pouco do desporto. Estive cinco anos sem ir ao futebol e quando fui há pouco tempo, porque o Benfica me pediu, até chorei a ouvir o hino.


E escolheu dedicar-se a cortar cabelos.

A minha mulher tinha um cabeleireiro e eu desde miúdo cortava os cabelos aos jogadores do Benfica e do Braga. Comecei a ajudá-la e já trabalho nisto há 15 anos. Muitos jogadores vêm aqui ao Bairro da Boavista cortar o cabelo. Há um ano um senhor aqui do bairro perguntou-me se não queria ficar com a padaria dele e fez-me um preço especial, porque sabia que eu queria comprar um jazigo para o meu filho. Então agora tenho um cabeleireiro e uma padaria/pastelaria. Era o homem mais feliz do mundo, estava sempre a rir. Desde que mataram o meu filho já não sou o mesmo, tento continuar nas minhas brincadeiras. Felizmente tenho uma menina de oito anos e outra de 22, e mais dois filhos com 32 e 34. Se a minha mulher deixasse, não me importava de ter outro!

Obrigado por esta entrevista, as melhoras e felicidades para a sua família.

Se um dia passar aqui no bairro pergunte pela padaria do Nelinho, todos me conhecem.





terça-feira, 21 de agosto de 2018

FAZIA HOJE 124 ANOS

PARABÉNS CAMPEÃO

ALBERTO RIO



Alberto Rio, nasceu a 21 de Agosto de 1894, foi jogador do Benfica onde actuava a extremo esquerdo, e jogou pelo Benfica de 1908 a 1917 

Alberto Rio notabilizou-se no Benfica, onde era considerado o melhor jogador. Em Fevereiro de 1918, depois de uma primeira ameaça alguns meses antes, deixou de aparecer sem dar satisfações aos dirigentes encarnados, pelo que em Junho desse mesmo ano, estes deliberaram a sua suspensão por 6 meses.

À revelia do Benfica, Alberto Rio ingressou no Sporting nesse mesmo mês. Porém, parecia vigorar uma espécie de código que deveria impedir o aliciamento e recrutamento de jogadores entre os grandes clubes, sem que houvesse consulta ou até mesmo acordo prévio entre emblemas.



Assim Alberto Rio foi recebido com desagrado por alguns sectores do Sporting, e no jogo com o Sevilha em que deveria ter estreado pelos Leões, foi impedido de ser utilizado pelos benfiquistas, argumentando que se havia tratado de uma suspensão e não de uma dispensa.

Sucederam-se turbulências e afrontas dentro e entre os dois clubes, tendo Alberto Rio finalmente alinhado pelo Sporting a 7 de Julho de 1918 num jogo contra o Império a contar para a Taça Mutilados de Guerra, em que os Leões ganharam por 2-0.

Apesar de ter participando na conquista do 2º Campeonato de Lisboa da história do Clube, Alberto Rio não conseguiu superar a pressão dessa mudança, e a sua carreira no Sporting nunca mais teve o fulgor dos tempos vividos no seu clube anterior.


Assim, Alberto Rio saiu do Sporting no ano seguinte e, em conjunto com outros jogadores como Artur José Pereira, foi um dos fundadores do Belenenses.

Foi internacional A por duas vezes, jogando como extremo esquerdo no 2º e 3º jogos da história da nossa Selecção, tendo sido mesmo o primeiro internacional da equipa do Belenenses e o Capitão da equipa num desses jogos.

Alberto Rio veio a falecer em 1979.



quinta-feira, 16 de agosto de 2018


SÉBASTIEN CORCHIA JÁ É DO BENFICA




O Benfica assegurou junto do Sevilha o empréstimo do lateral direito Sebastien Corchia.

O jornal A BOLA apurou que é um empréstimo por um ano e o jogador, de 27 anos, deverá chegar a Lisboa na próxima horas, para depois realizar os habituais testes médicos.





O Benfica irá pagar o salário na totalidade de Corchia e apenas faltará acertar com o Sevilha se fica com direito de opção ou não.

Esta contratação irá assim colmatar o problema na faixa direita da defesa do Benfica, onde o técnico Rui Vitória apenas conta actualmente com André Almeida.