GRANDES NOMES
JORDÃO
Nome: Rui Manuel Trindade
Jordão
Posição: Avançado
Data de nascimento: 9 de
Agosto de 1952 (Benguela, Angola)
Nacionalidade: Portuguesa
Selecção nacional: 43 jogos,
15 golos
Período de atividade:
1971-1990
Clubes: Benfica, Saragoça,
Sporting, Vitória de Setúbal
Principais títulos: no
Benfica ¿ quatro vezes campeão Nacional em 71/72, 72/73, 74/75, 75/76; uma Taça
de Portugal em 1971/72; no Sporting- duas vezes campeão Nacional, em 79/80 e
81/82; uma Taça de Portugal em 1981/82; uma Supertaça Cândido de Oliveira em
1981/82.
Outras distinções: melhor
marcador nas épocas 1975/76 e 1979/80.
Rui Manuel Trindade Jordão
estreou-se nos juniores do Benfica aos 19 anos, depois de ter abandonado, ainda
criança, a sua terra natal, Benguela. Tomado por muitos como o novo Eusébio do
futebol português, o avançado benfiquista entrou na equipa principal da Luz
para substituir Nené num jogo contra o Beira-Mar, e rapidamente conquistou um
espaço na máquina que dominava o campeonato português na primeira metade da
década de 70.
De águia ao peito, Jordão
arrancou aplausos e emoções fortes às multidões, marcando 62 tentos em 90 jogos
para o Campeonato. Ergueu o troféu de Campeão Nacional por quatro vezes, num
período áureo para a equipa benfiquista, em que só faltou o título da época
1973/74. Numa altura em que era já um habitual na Selecção, assumiu da melhor
forma a herança de Eusébio sagrando-se o melhor marcador em 1976, com 30 golos
em 28 jogos. Seria a sua última época pelo clube da Luz.
Depois do Benfica, Jordão
tentou a sorte em Espanha, onde vestiu a camisola do Saragoça, mas a sorte não
lhe sorriu. Uma grave lesão afastou-o dos relvados e fê-lo regressar a Lisboa,
já não para o clube da Luz, mas para o Sporting, do outro lado da Segunda
Circular.
Mais dois títulos de campeão
nacional, a segunda Bola de Prata da sua carreira e uma Supertaça Cândido de
Oliveira enquanto «leão». Sempre a mesma capacidade de entusiasmar o público,
com o seu jogo instintivo e a rapidez que lhe valeu a alcunha de «gazela»,
Jordão dobrou os 30 anos com as qualidades intactas, entrando em grande forma
na primeira metade dos anos 80.
Foi também o seu período
áureo com a camisola das quinas, ao serviço da qual Jordão realizou 43 jogos e
marcou 15 tentos. Um momento em particular ficará na memória dos adeptos do
futebol: no jogo decisivo do apuramento para o Europeu de 1984, foi Jordão quem
marcou o penalty contra a U.R.S.S. de Dassaev - então o melhor guarda-redes do
Mundo - que selou a vitória por 1-0 e a primeira presença de Portugal numa fase
final de uma grande competição depois de 1966.
Em França, o avançado
português, algo prejudicado por um sistema de jogo defensivo, conseguiu, ainda
assim, demonstrar toda a sua classe, marcando dois golos na épica meia-final
com o país organizador. De forma algo tardia, atendendo aos seus 32 anos, a
Europa descobria as inúmeras qualidades de um dos melhores avançados de sempre
do futebol português.
Uma lesão grave e o
progressivo desentendimento com os responsáveis do Sporting fizeram-no deixar
Alvalade sem a glória merecida. Mas depois de um primeiro adeus aos relvados, o
canto do cisne, no V. de Setúbal, serviu ainda para matar saudades do mais
felino de todos os futebolistas portugueses, que conseguiria mesmo um
derradeiro regresso à equipa nacional, com 36 anos.
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