GRANDES NOMES
Michael Manniche
Michael Manniche. Copenhaga,
Dinamarca. 17 de Julho de 1959. Avançado.
Épocas no Benfica: 4
(83/87). Jogos: 132. Golos: 77. Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de
Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros clubes: Hvidovre e BK
1903/Copenhaga. Internacionalizações: Dinamarca.
A estética na estava no
centro das suas preocupações. Tinha mais coisas com que se entreter. Desde
logo, gozar a satisfação do dever cumprido, sempre numa onda altruísta. O
dinamarquês Manniche até poderia não ter sido jogador de futebol, longe estava
da imagem de precógnito. Juntou laboratório e querer. Deu ponta-de-lança.
Daqueles que antes quebrar que perder.
Ingressou no clube na época
83/84. Especialistas na linguagem do golo, por essa altura, eram Nené,
Diamantino e Filipovic, ou seja, oportunidade, versatilidade e elegância.
Combativo, Manniche introduziu um novo conceito no jogo ofensivo encarnado. Era
uma outra valência, que até chegou a fazer escola em diferentes paragens.
Tendo Eriksson na chefia do
grupo, de pronto ofuscou Filipovic, alternando com Nené e Diamantino no onze
inicial. Em campos pequenos, pelados até, perante defensivas vigorosas,
Manniche era um utilitário. Noutras arenas também. Jogava pelo espaço contra o
tempo. Derrubava as sentinelas contrárias, parecendo estender a passadeira
vermelha, que outros percorriam em momentos de glória. Era como dar sangue ao
talento alheio. Em prol da equipa.
Manniche foi, também ele, um
goleador. Durante quatro temporadas, desferiu 77 remates vitoriosos, ao cabo de
132 jogos. Venceu dois Campeonatos, três Taças e uma Supertaça. Nas épocas de
84/85 e 85/86 foi mesmo o melhor marcador da equipa, já com Rui Águas e César
Brito em actividade. A experiência atingida no Benfica conduziu-o à forte
selecção dinamarquesa, na antecâmara do titulo europeu. Ele que esteve, com
Stromberg, na génese da importação nórdica do Glorioso. Seguira-se Magnusson,
Thern e Schwarz. Mais tarde, Pringle e Andersson.
Tosco talvez não chegasse a
vitupério. Marimbou-se Manniche. Corajoso, valente, esforçado, assim
adjectivava o seu jogo, sem ponta de narcisismo. E com substantiva saúde.
Assunto arrumado, ganhou o Benfica.
RECORDANDO O BENFICA 3 OLYMPIAKOS 0 DE 1983/84
COM UM GRANDE GOLO DE MANICHE
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