GRANDES NOMES
ARTUR SANTOS
Em Paço de Arcos nasceu, a
trocar o passo aos atacantes contrários se destacou. Artur Santos, integérrimo
jogador, marcou a retaguarda benfiquista ao longo da década de 50. Com estilo
vigoroso, eficiente, disciplinado, impositivo, à direita ou ao centro, atravessou
várias sensibilidades técnicas sem infamar. Ao percorrer a maratona da
dedicação, sucessivamente avalizado foi por Ted Smith, Cândido Tavares, Alberto
Zozaya, Ribeiro dos Reis, José Valdivieso, Otto Glória e Bélla Guttmann.
Começou nos Onze Unidos, ao
pé da casa, mas o chamamento do Benfica não o deixou indiferente. Treinou-se à
experiência no Campo Grande e logo veio a integrar a equipa júnior, orientada
pelo antigo guardião Cândido Tavares. Na época subsequente à conquista da Taça
Latina, subiu a sénior, estreando-se em Novembro de 50, devido à lesão de
Jacinto. O Benfica venceu (7-1) o Boavista, tendo Félix, Francisco Ferreira,
Rogério, Águas e Rosário, entre outros, alinhado no debute.
Em 1954, Artur Santos passou
ao eixo da defensiva, com o propósito de substituir Félix Antunes, que havia
sido suspenso pelo clube por provada indisciplina. A tarefa era intricada, mas
a resposta afirmativa foi. Apesar do carisma de vários jogadores da época,
Artur, mais do que garantir o seu espaço, transformou-se numa referência
incontornável no reino da águia.
Em 11 temporadas ao serviço
do Benfica, quatro Campeonatos e seis Taças de Portugal. Já no dealbar da
década de 60, com o estatuto de internacional, associou o seu nome à conquista da
Taça dos Campeões Europeus. Plasmava com chave de ouro uma carreira
caracterizada pelo regularidade.
Artur Santos, o primeiro
central da equipa que ganharia a TCE de 1960/61
Ostentou várias vezes a
braçadeira de capitão, em quase três centenas de jogos na turma principal do
Benfica, prova inequívoca da sua faceta de líder e do seu comportamento
exemplar. “Nunca marquei um golo, é verdade, mas os tempos, esses, eram outros,
sendo que o mais importante era cumprir no plano defensivo e, nesse aspecto, acho
que não desmereci”. Não desmereceu mesmo. E bem mereceu também aquela festa de
homenagem, a 8 de Outubro de 1961, com o Chaux-de-Fonds, da Suiça, na despedia
oficial.
Com uma comovente e
militante atitude benfiquista, Artur Santos, na actualidade, é das presenças
mais assíduas e notadas nas múltiplas jornadas de confraternização, que amiúde
ocorrem pelo país e até pelo estrangeiro. Tudo porque vive e viverá sempre para
o seu Benfica.
Épocas no Benfica: 11
(50/61)
Jogos: 284
Títulos: 1 TCE, 4 CN e 6 TP
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