GRANDES NOMES
JONAS THERN
Jonas Magnus Thern nasceu em Falkoping, Suécia a 20 de Março de 1967
Tempos houve em que a Suécia
era uma espécie de segunda pátria do Benfica. A influência de Sven-Goran
Eriksson, a sua erudição, o alto rendimento dos jogadores que apadrinhou no
clube, numa torrente iniciada com Stromberg, transformaram aquele país do Norte
da Europa numa referência obrigatória para a nação benfiquista. Na época de
89/90, a par de Magnusson, a equipa recepcionou Jonas Thern, um centrocampista
de 21 anos, internacional sueco. À Luz se fez com uma miríade de sonhos.
Depressa virou menino-bonito
da plateia. No seu jeito grave, excitante. O ímpeto e o fôlego eram as melhores
vias de acesso ao diploma da fama. Até porque com Jonas Thern o jogo era coisa
sagrada. Tinha no bolso a chave da fortaleza, mas também o plano de ataque ao
território adversário.
O meio-campo do Benfica
dependia em larga medida do jogador sueco. Mesmo com Valdo. Mesmo com Rui
Costa. Mesmo com Kulkov ou Paulo Sousa. Na primeira época, fez o pleno até à
chegada a Viena, palco da final da Taça dos Campeões. Perdeu o titulo europeu,
é certo, mas frente ao AC Milan, à época a melhor esquadra mundial. Na segunda
temporada, conquistou o titulo português, num dramático mano-a-mano com o FC
Porto e um espectacular triunfo nas Antas. À terceira jejuou, mas 42 jogos dão
bem conta de quão imprescindível era.
Foras três anos rápidos,
demasiados rápidos. Sempre na liça, sempre também na equipa nacional sueca.
Rumou a Itália, a troco de muitas liras, estabelecendo-se durante cinco
temporadas, primeiro no Nápoles e depois na defesa de um dos dois mais
representativos emblemas romanos, a AS Roma. Em 1999, no Glasgow Rangers, ao
lado de Paul Gascoine e Brian Laudrup, foi forçado a renunciar, após intricada
lesão.
No flashback benfiquista, o
nome de Jonas Thern surge com naturalidade absoluta. Entrou a sonhar, bebeu
saber na fonte da Luz, saiu no patamar maior da consideração colectiva.
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