GRANDES NOMES
VICTOR MARTINS "O GAROUPA"
Vítor Manuel Rosa Martins. Alcobaça. 27 de Março de 1950.
Médio.
Épocas no Benfica: 9 (69/78). Jogos: 192. Golos: 27.
Títulos: 5 (Campeonato Nacional) e 1 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Nazarenos. Internacionalizações: 3.
No apogeu da carreira, contava 27 anos apenas, Vítor
Martins interrompeu de forma abrupta o melhor ciclo da sua vida. Um cruel
acidente vascular quase o inutilizava. Perdeu o Benfica um dos seus mais
cotados futebolistas, com matriz de alto rendimento, portentoso na técnica, até
parecia bailar em campo, de tão suave na execução.
Recrutado ao Nazarenos, Vítor Martins chegou à Luz para
os escalões mais jovens. Esteve no gérmen das melhores castas de sempre do
futebol juvenil do clube. Com Humberto Coelho, Nené, João Alves, Shéu, Jordão e
Bastos Lopes, toda uma ínclita geração. Ganhou depressa o hábito da vitória,
mas também o engenho para lá chegar. E a internacional, já com títulos
nacionais no palmarés.
Em Dezembro de 1969, fez a sua aparição na equipa
principal. Um golo marcou, no triunfo esclarecedor (6-0) sobre o União de
Tomar. Foi nessa tarde que o seu ídolo Eusébio recebeu as Bolas de Prata,
referentes ao melhor marcador dos Nacionais de 66/67 e 67/68. Continuou a lutar
por um lugar ao sol, com chamadas mais ou menos frequentes ao convívio dos
craques. Assim atravessou o rico magistério de Jimmy Hagan, concorrendo, na
zona intermediária, com Toni, Jaime Graça, Matine e Simões, nomes fortes da
nomenclatura vermelha.
A partir de 72/73, firmou-se em definitivo. Era um
jogador do gosto popular. Tinha carradas de talento. Se era bom discípulo da
ordem e do rigor, não deixava de cultivar o espaço de liberdade, onde o seu
génio limites parecia não ter. Assim foi durante cinco grandes temporadas, com
mais de 150 jogos na equipa principal e golos, vários golos à mistura.
Vítor Martins venceu por cinco ocasiões o Campeonato
Nacional e por uma vez a Taça de Portugal. Foi três vezes internacional A, com
destaque para a presença em Wembley, frente à Inglaterra, num surpreendente
empate a zero. O Garoupa, como era conhecido, abateu, nesse dia, a grimpa aos
ingleses.
A 13 de Novembro de 1977, em jogo a contar para a Taça de
Portugal, ante o Desportivo de Chaves, lesionou-se ao minuto 52. Operado mais
tarde, tudo se complicou. Drasticamente. O futebol era passado. “Estava na
melhor fase da minha vida”, confessa, de forma comovente. O Dínamo de Moscovo
associar-se-ia à festa de homenagem, já o homem havia recuperado. O jogador,
esse, morreu. No palco principal. Ficou a mágoa dos benfiquistas. E a
nostalgia.
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