GRANDES NOMES
JACINTO SANTOS
Jacinto José Martins Godinho Santos
28 / 01 / 1941
Matosinhos
Clubes: Leixões / BENFICA /
Leixões
Jacinto é nome de planta com
flores vistosas e perfumadas. Jacinto é também nome de jogador. Do jogador do
Benfica. Jacinto Marques pontificou, nos anos 50, na defensiva encarnada.
Poucos anos depois, outro Jacinto, Jacinto Santos, igualmente defesa,
desabrochou. E cresceu em tons berrantes, durante quase uma década. Como a tal
flor da planta que lhe deu nome, perfumado e vistoso.
Apresentou-se ao grande publico
da bola em Matosinhos, no Leixões. Com 20 anos, partiu na direcção da Luz,
tendo o conterrâneo Raul Machado, ligeiramente mais velho, por companheiro
também de trajectória. Encontrou os bicampeões da Europa. Viveu a sensação do
pega-lá-dá-cá com Eusébio, Coluna, Germano, Águas. De mentalidade operária,
esmerou-se a trabalhar. Não chegou. Nos quatro primeiros anos, foi remetido à
subalternidade, que a coisa ali era séria.
Em 66/67, braço dado com a
titularidade, finalmente marcou pontos. Nascimento à baliza, Cavém à direita,
Cruz à esquerda, ao lado de Raul Machado compunha o eixo na estrutura base da
defensiva benfiquista. Estava-se no rescaldo do Inglaterra 66. Sem a tutelar
presença de Germano, surpreendentemente cedido ao Salgueiros. No ano imediato,
Jacinto apareceu no onze da final europeia, ante o Manchester United. Só no
prolongamento haveria de baquear (4-1) o Benfica, orientado pelo eterno Otto
Glória. Desvaneceu-se a hipótese peregrina
de ser campeão no mais importante certame mundial a nível de clubes.
Ainda deambulou à direita,
com a entrada em cena de um jovem que respondia pelo nome de Humberto Coelho.
Foi em 68/69, na sua última grande época no clube. Eficiente na marcação, lesto
no desarme, já menos no jogo aéreo, veloz e autoritário na posse de bola, não
era um defesa, era o defesa.
Permaneceu nove anos na Luz.
Tem adscritos sete Campeonatos e duas Taças. Quando o vermelho sobressaia no
colorido nacional, uma mão cheia de contributos deu à equipa portuguesa.
Despediu-se a 13 de Setembro de 1970, com a CUF (1-0), na Catedral, era já
Jimmy Hagan o treinador.
Jacinto Santos talvez não
tivesse atingido o brilhantismo de alguns dos seus companheiros de rota. Nem
tanto lhe fora pedido. Mas sempre lhe é devido um lugar VIP na tribuna dos
notáveis do Benfica.
Salvo erro chegou a jogar no Porto
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