GRANDES NOMES
PIETRA
Ganhou expressão e tarimba
no Belenenses. Esteve na equipa de Scopelli que foi vice-campeã nacional, em
72/73, a 18 pontos de distância do Benfica. Chegou, meritoriamente, a
internacional A. Na Luz, a partir de 76/77, com John Mortimore, disparou para
campanhas fulgurantes. Deve ter actuado em todas as posições, com excepção de
ponta-de-lança ou de guarda-redes, tão vincada era a sua polivalência e
beneficiado pelo facto de ser ambidextro.
No seu tempo, o Benfica não
hegemonizava já se forma absoluta o futebol português. Daí que a tarefa fosse
mais ingente ainda. Pietra saiu-se bem. Numa década exacta em tons de vermelho,
ganhou quatro Campeonatos, cinco Taças e duas Supertaças, ultrapassando as três
centenas de jogos oficiais. Enquanto isso, na Selecção, evoluiu em 28
circunstâncias, lamentando-se “por não ter ido ao Europeu de França, numa
altura em que estava com as faculdades intactas” e muita experiência acumulada.
Porque os palcos europeus
foram outros, de Pietra fica a grata recordação de uma eliminatória da Taça dos
Campeões, em 77/78, frente ao B 1903 Copenhaga. O Benfica venceu as duas mãos
pelo mesmo resultado (1-0). Os golos, esses, foram ambos assinados por Pietra.
Também participou na espectacular campanha da Taça UEFA, em 82/83. Fez o pleno,
12 jogos foram. Ficou o amargo de boca, frente ao Anderlecht, vencedor da
competição.
Concluiu a carreira, em
Abril de 1986, num jogo com o Belenenses, no Restelo. Viu o cartão vermelho na
partida, talvez crispado por ter chegado ao fim da rota. Nesse dia, cresceu-lhe
como por encanto a alma benfiquista.
Vitórias e Património - Minervino Pietra
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