GRANDES NOMES
MÁRIO JOÃO
Mário João. Barreiro. 6 de
Junho de 1935. Defesa.
Épocas no Benfica: 5
(57/62). Jogos: 89. Golos: 4. Títulos: 3 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de
Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: CUF.
Internacionalizações: 3.
A proposta de um louvor ao
feérico alfobre do Barreiro ficava bem ao Benfica. De Félix, Arsénio e Moreira
a Adolfo e Chalana, com José Augusto e Mário João no meio do desfile
cronológico. Todos atletas de bitola singular. Atletas com livre-trânsito no compêndio
de sucessos da instituição.

Chegou ao Benfica na segunda
metade da década de 50. Era avançado. O brasileiro Otto Glória tutelava
tecnicamente a equipa e transformou-o em defesa. Opção reiterada pelo
austro-húngaro Béla Guttmann seria. Primeiro, à esquerda, numa altura em que
Ângelo se lesionou. Depois no flanco dextro, com o regresso do colega à
competição. Polivalente se fez na cortina defensiva. Também na turma das
quinas, na qual experimentou várias posições. Com a Jugoslávia, actuou na canhota;
com a Bélgica, surgiu à direita; enquanto perante o mesmo adversário, dois anos
volvidos, haveria de colocar-se a médio defensivo. Foram as três
internacionalizações de Mário João, enquanto jogador do Benfica. Uma outra
registou, mas já de retorno à CUF, clube que veio a selar a sua carreira
futebolística.
Em cinco épocas, levando “na
alma a luz intensa”, venceu três Nacionais, duas Taças de Portugal e bisou
também na mais apetecida das provas, a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Numa
orquestra de violinos, era um trombone eficaz e nem se importaria de ser bombo.
Queria era jogar. Com hiperexigência pessoal. Um baluarte na dedicação, na
firmeza, na combatividade. Jogadores como ele não diminuíam o colectivo, antes
acrescentavam novas e decisivas atitudes.
Despiu a camisola berrante
no primeiro dia do mês de Julho de 1962. No Estádio Nacional, participou no
triunfo sobre o V. Setúbal (3-0), com golos de Eusébio (2) e Cavem. A equipa
bicampeã da Europa via cair o pano, após dois anos de exuberância competitiva.
Se pudesse, Mário João continuaria na cruzada, talvez até a jogar de graça,
pela graça do Benfica.
Sem comentários:
Enviar um comentário