GRANDES NOMES
MÁRIO COLUNA
Era, até ao aparecimento da
geração-Queirós, reconhecido como o melhor médio português de todos os tempos.
Nasceu em Magude, a cem quilómetros de Lourenço Marques (hoje Maputo), no dia 6
de Agosto de 1935, e fez parte da geração de Eusébio. De certa forma, pode-se
dizer que viveu um pouco na sombra do «rei», apesar de hoje todos lhe
reconhecerem enorme importância na década de maior sucesso do futebol nacional.
O seu primeiro clube foi,
aos 16 anos, o João Albasini, de Lourenço Marques. Por aí passaram alguns dos
mais talentosos jogadores moçambicanos, como Matateu. O seu talento, esse, não
estava apenas confinado ao futebol. Inscreveu-se numa prova de salto em altura
apenas pelo prazer de competir e colocou o recorde de Moçambique em 1,85
metros.
O Desportivo de Lourenço
Marques foi o seu passo seguinte. Aos 17 anos já integrava a primeira equipa da
filial do Benfica em Moçambique. Era, na altura, um avançado-centro temível e
foi com essas credenciais que entrou pela porta principal do clube das águias,
depois de vencida a corrida da sua contratação ao rival Sporting. Estava-se em
1954. Contudo, ao contrário do que sucedeu a José Águas e Eusébio, não se
conseguiu impor.
Foi Otto Glória quem
percebeu que não seria como avançado-centro que Mário Coluna se tornaria
conhecido a nível mundial. Recuou o moçambicano para o meio-campo e confiou-lhe
a missão de comandar a equipa «encarnada».
Depois de quinze épocas ao mais
alto nível, com uma influência sobre o colectivo - dentro e fora dos relvados -
a todos os títulos impressionante, em Julho de 1970 foi dispensado pelo
Benfica, quando tinha recuado ainda mais no relvado, mais propriamente para a
defesa. Para trás tinham ficado cinco finais da Taça dos Clubes Campeões
Europeus e um terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966, realizado em
Inglaterra.
A sua carreira de treinador
começou precisamente na Luz, nos juniores, depois de ter dito que não a
convites do Belenenses e F.C. Porto para continuar como futebolista. Surgiu
então uma proposta do Lyon e decidiu emigrar e voltar aos relvados por uma
temporada (1970/71).
Regressou a Portugal para
trabalhar, em conjunto com Janos Biri, nas escolas de jogadores. O Estrela de
Portalegre convidou-o a assinar como técnico principal, mas Mário Coluna não
gostou da experiência e regressou à formação de jovens talentos.
Na altura do 25 de Abril de
1974, encontrava-se a treinar o Benfica de Huambo, em Angola. No entanto, não conseguiu
resistir ao apelo das raízes e voltou a casa. Samora Machel, como
reconhecimento pela promoção que deu a Moçambique, fez dele deputado. Foi
depois eleito presidente da Federação Moçambicana de Futebol.
Nome: Mário Esteves Coluna
Data de nascimento:
06-08-1935
Posição: Médio
Internacionalizações e golos
na Selecção: 57 internacionalizações, entre 4 de Maio de 1955 e 11 de Dezembro
de 1968. Marcou 8 golos com a camisola das quinas.
Período de atividade:
1959-1971
Clubes representados: João
Albasini (Moçambique), Desportivo de Lourenço Marques (Moçambique), Benfica e
Olympique Lyonnais (França), como jogador. Benfica (camadas jovens), Estrela de
Portalegre e Benfica de Huambo (Angola), como treinador.
Principais títulos
conquistados: Bicampeão europeu de clubes em 1961 e 1962, e integrou a Selecção
Nacional que alcançou o terceiro lugar no campeonato do mundo de 1966, em
Inglaterra. Dez títulos de campeão nacional ao serviço do Benfica (1954/55,
1956/57, 1959/60, 1960/61, 1962/63, 1963/64, 1964/65, 1966/67, 1967/68 e
1968/69) e seis taças de Portugal (1954/55, 1956/57, 1958/59, 1961/62, 1963/64
e 1968/69).
VIDEOS
MÁRIO COLUNA "O MONSTRO SAGRADO"
MÁRIO COLUNA
DOCUMENTÁRIO INGLÊS
VITÓRIAS E PATRIMÓNIO COLUNA (PARTE 1)
VITÓRIAS E PATRIMÓNIO COLUNA (PARTE 2)
VITÓRIAS E PATRIMÓNIO COLUNA (PARTE 3)
VITÓRIAS E PATRIMÓNIO COLUNA (PARTE 4)
Sem comentários:
Enviar um comentário